Brasília tem um cenário cultural muito forte e um dos destaques desse cenário são os grupos de teatros da cidade. O diretor Hugo Rodas, que também é coreógrafo, figurinista e professor, foi pioneiro com os primeiros grupos de teatro de Brasília, isso na década de 70. Na época havia seis grupos de teatro em Brasília e com eles Hugo iniciou o seu trabalho.
O público brasiliense atualmente não tem sentido muito interesse no teatro, não há uma boa divulgação, sempre se divulga nos mesmos lugares e por isso muitas pessoas não sabem das peças na cidade. Não se consegue atrair o público, a divulgação não é feita corretamente e nos lugares corretos.
“Os espetáculos não interessam ao público”, comenta o estudante de artes cênicas da UnB, Eros Carpo. Para o jovem, falta um interesse e investimento não apenas do governo, mas da população e das escolas tanto públicas quantos particulares no incentivo de leitura de grandes clássicos da literatura e conseqüentemente a falta do interesse pelo teatro e cultura em geral.
Grandes grupos de teatro se destacam em Brasília, como o G7, Os melhores do mundo, 7 belos e de 4 é melhor, tem grande público, por causa da boa divulgação e realizam um trabalho que interessa ao público, por isso suas apresentações são sempre lotadas.
Quem nunca se deparou com alguém mais velho que dizia: “Ah, como sinto falta da minha juventude, essa época sim eram os bons tempos”? A verdade é que ao passar dos anos, as pessoas passam a se vangloriar da época em que eram mais jovens, pois a tendência é considerar a nova geração deficiente.
Talvez seja verdade, às vezes é possível reparar uma sensação de que a qualidade na cultura esteja piorando, novos ídolos surgem que antigamente jamais teriam sucesso, surgem novas tendências que a pessoa não entende. Com esse sentimento nostálgico, existem os admirados das tendências antigas, os amantes do retrô.
A arquiteta e paisagista Daniela Cristina confessa que ainda possui alguns acessórios antigos. “Ainda tenho em casa um cubo mágico, scarpin vintage, delineador gatinho, objetos novos, mas que representam as tendências dos anos 50 aos 80.
O publicitário e músico Joaquim S. Neto relata que possui iPod, CDs, mas a verdadeira paixão são os discos vinil, e gostaria que outras coisas voltassem a ser apreciadas. “Ouvir um vinilzão, filmes B de baixo orçamento e cinemas longe do shopping”, diz o músico.
Mas os admiradores do retrô não são apenas os que vivenciaram a outra época. É possível se deparar com jovens que sabem mais de Beatles que nossos próprios pais, pessoas que se vestem de acordo com a moda dos anos 50 e 60. Mas Joaquim explica esse comportamento: “Não vejo valorização, vejo as pessoas que sentem falta de uma boa época em suas vidas, mas dizer que isso é retrô para mim é estranho. A moda sempre muda e voltam coisas interessantes. Mas o que ganha destaque mesmo são as coisas bregas de cada época, veja que agora o RPM tenta mais uma vez voltar a ser uma banda”.
E para quem tem dúvidas se algo é retrô ou vintage, Daniela explica a diferença. “Vintage é algo antigo que fez sucesso em uma determinada época e que de certo modo ainda vive, digamos assim. Já o retrô seria um lançamento, a releitura de algo influenciado por uma peça vintage, totalmente repaginados. Aqui não se trata unicamente de moda e bobagens fashions, mas é relativo a tudo”.
A vida de Oswaldo Cruz, o médico e pesquisador que deu origem à Fundação Oswaldo Cruz, uma das mais importantes instituições de saúde do Brasil, é retratada em exposição na Fiocruz Brasília.
A exposição chegou primeiro ao Rio de Janeiro, na Casa de Oswaldo Cruz (COC) e foi resultado de uma parceria entre a Fundação Banco do Brasil, a Odebrecht e a Fiocruz. Em Brasília, o evento foi idealizado pelo Programa de Educação, Cultura e Saúde (Pecs). A meta é atingir profissionais da saúde e estudantes.
A exposição inaugurada no dia 25/5 (quarta-feira), contou com a presença do cordelista Edimilson Santini. A mostra é aberta ao público e vai até o dia o dia 2 de julho, de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h, e aos sábados, das 9h às 12h.
Foi-se o tempo em que apenas bandas e cantores contratados por grandes gravadoras tornavam-se famosos. Com a ampliação do acesso à internet, a divulgação através de sites de relacionamento tornou acessível a qualquer artista atingir um grande público, tendo ainda como vantagem o baixo custo.
De acordo com a produtora musical de Brasília Jacqueline Bittencourt, hoje é praticamente imprescindível a divulgação em mídias sociais como Twitter e Myspace. Segundo Jacque, como ela é conhecida, o artista que não utiliza esses recursos para divulgação perde boa parte da interação com seu público, e talvez não alcance tanta popularidade quanto se utilizasse. Um exemplo de artista que surgiu por meio dessas redes sociais é Mallu Magalhães, cantora nacional de Folk Rock, que em 2007 publicou seus trabalhos musicais no MySpace e a partir daí começou a ganhar notoriedade e se apresentar em grandes shows pelo país.
Outro exemplo de artista que ganhou fama na internet foi a cantora escocesa Susan Boyle, que em abril de 2009 se apresentou no programa de talentos britânico Britain's Got Talent. O vídeo de apresentação de Susan se espalhou rapidamente na internet, tornando-se conhecida mundialmente. Sites como o You Tube e Twitter foram de extrema importância. No You Tube, que é um site de vídeos, o vídeo de sua apresentação teve 2,5 milhões de acessos nas primeiras 72 horas e em uma semana o vídeo teve 6,6 milhões de acessos. No Twitter, a divulgação de artistas de Hollywood, como Ashton Kutcher e Demi Moore ajudaram a divulgar o vídeo de apresentação de Susan.
A banda de rock brasiliense Nazah utiliza a internet como meio principal para a divulgação do seu trabalho, diz o vocalista Gilberto Alves, conhecido por Giba. A banda surgiu em agosto de 2007, mas depois de muitas idas e vindas a formação atual começou mesmo a tocar em junho de 2009. "Muitos dos nossos fãs nos conheceram pela internet, através da nossa propaganda, não só pessoas de Brasília, mais de outros Estados também", diz o vocalista. Além de Giba, a banda é composta por Miguel Alves, Pedro Resende, Sérgio Costa e Vinícius Andrade.
As redes sociais mais utilizadas para a divulgação são o Twitter, o Myspace e o Facebook, tendo o Facebook 5,3 milhões de usuários brasileiros, o Twitter 5,1 milhões e o MySpace 2,5 milhões, de acordo com o Ibope Nielsen Online. Mesmo contando com o maior número de usuários, o Facebook ainda não é o mais usado para a divulgação de bandas e artistas, por não oferecer tantas facilidades para este intuito como o MySpace e Twitter. No Twitter, um microblog onde o texto é de até 140 caracteres, o retorno pode ser imediato, pois os seguidores recebem a mensagem no mesmo instante em que foi escrita, em tempo real. É o caso da Scalene, banda brasiliense formada em 2008, que usa um perfil no Twitter para divulgar datas e locais de shows, novos singles, promoções e também para saber a opinião e reação dos fãs ao desempenho da banda.
Através do Twitter pode-se colocar um link que te mande direto para o site da banda ou para download de música. Já no Myspace é possível hospedar arquivos em mp3, vídeos e fotos, fazendo com que muitas bandas e artistas criem perfis no site e muitas vezes utilizem o MySpace como site oficial.
Por Alisson Azevedo
Bandas divulgam seus trabalhos por meio das mídias sociais
O último capítulo da quarta temporada da série Gossip Girl foi exibida no dia 16 de maio. Sempre intrigante, a trama deixou fãs curiosos quanto ao destino dos personagens principais e, aparentemente, muitas surpresas para a quinta temporada, prevista para setembro.
Dos mesmos criadores de The OC, a série é baseada em uma série de livros, escritos por Cecily von Ziegesar e começou a ser exibida pela Warner em 2007. Gossip Girl conta a história da vida de adolescentes da alta sociedade de Nova York, onde todos os segredos da vida de Serena Van Der Woodsen (Blake Lively) e seus amigos são revelados por uma garota até então desconhecida, que posta todos os acontecimentos do grupo em um blog.
A série terá, no mínimo, seis temporadas. Alguns dos atores principais, como Leighton Meester, que faz o papel de Blair, já confirmaram que não renovariam o contrato após 2012.
Músicos falam dos desafios de iniciar uma carreira artística profissional
A cena da música brasiliense sempre foi marcada pelo rock. Grandes bandas como Legião Urbana e Capital Inicial nasceram daqui. O estilo musical criou raízes na capital, que hoje une amigos de escola e faculdade para atingir a um objetivo: se divertir tocando. E, muitas vezes, o lazer se torna profissão.
Mas não é só de ensaios de garagem e diversão que vivem estes jovens que sonham em fazer carreira na música, há grandes barreiras que precisam ser enfrentadas, como a falta de recursos e de produtores.
Pedro Augusto,19, é estudante de jornalismo e toca guitarra há dois anos com a banda Imaginária. Ele diz comenta as dificuldades de uma banda iniciante no Brasil “É muito difícil ter que fazer música e correr atrás de tudo, você acaba não conseguindo fazer as duas coisas perfeitamente”, afirma. Segundo o jovem, os apoios que o grupo vai consegue são conquistas muito importantes, “assim, aos poucos a preocupação passa a ser só com a sua música e a qualidade do trabalho aumenta”.
A dificuldade de encontrar um produtor faz com que as bandas independentes se unam para chamar atenção do público, buscando novas soluções para divulgar seus trabalhos, fazendo shows gratuitos ou cobrando baixos valores para os ingressos, buscando apoio de estúdios musicais que façam promoções, para gravar algumas músicas para disponibilizar na internet. Mesmo que, no primeiro momento, seus gastos sejam muito maiores que o lucro.
Allan Lima, 19, estudante de marketing e vocalista da banda Massay, conta que a banda arcou com todos os custos da gravação do EP. “ gastamos bastante, mas acredito que vale muito a pena, pois estamos investindo em algo que é muito prazeroso. Estamos investindo em nossos sonhos”, afirma.
Os preços são altos. Para uma banda independente produzir um CD com cerca de 12 músicas, ela irá gastar de 10 à 12 mil reais. Já os EPs, que são pequenos CDs, com cerca de 6 músicas, o preço varia de 5 a 6 mil reais.
O esforço também é dos produtores que gerenciam bandas, até então, anônimas. “Acredito que o retorno financeiro vem com o tempo, quando as bandas se tornam mais conhecidas. No começo, é um investimento o lucro, virá depois”, explica o produtor de shows, Kdu Peixoto. A paixão pela música faz que com que cada dia seja uma superação. “É preciso entender que música é uma profissão como qualquer outra. Também tem que estudar e muito! O caminho é longo e dedicação deve ser constante”, explica Kdu.
Sometimes you wanna go where everybody knows your name, e assim começava o seriado que conquistou o público durante 11 anos no ar. Quem não se sentia feliz ao ouvir a música de abertura de Cheers? Aquela música que nos leva ao bar mais famoso do mundo e que faz qualquer um ter vontade de tomar uma cerveja no lugar onde todos sabem seu nome...
Criada no início dos anos 80, a série girava em torno do cotidiano das pessoas no bar. No começo, a história tem o proprietário do Cheers, Sam Malone (Ted Danson) como ex-jogador de beisebol que sofria problemas com alcoolismo no passado, o atrapalhado barman Ernie Pantusso (Nicholas Colasanto), carinhosamente chamado de Coach, a garçonete ranzinza e mais fértil de todos os seriados, Carla (Rhea Perlman), a professora assistente que perdeu o emprego e se tornou garçonete Diane (Shelley Long), e os boêmios Norm (George Wendt) e Cliff (John Ratzenberger).
Como o seriado durou anos, alguns personagens foram acrescentados e, com tristeza, outros saíram. Coach, interpretado por Nicholas Colasanto, faleceu e foi substituído por Woody (Woody Harrelson) na quarta temporada, e Diane foi substituída por Rebecca (Kirstie Alley) na sétima temporada. Como novo integrante, apareceu também o Dr. Frasier Crane, interpretado por Kelsey Grammer.
O blogueiro Frederico Fagundes explica a química criada entre os personagens que cativava tanto o público. “O que eu mais gostava em Cheers era a família alternativa que se formava no bar. Eram pessoas de gostos, classes e estilos diferentes, mas quando se encontravam no bar, se tratavam como irmãos. Eu achava legal essa sensação de você ter uma família, no caso do seriado, no bar. Ao contrário do normal, que é onde você tem grande afinidade no trabalho, faculdade, colégio etc”, cita o blogueiro.
Embora com anos de sucesso e vários prêmios conquistados, ainda há os apaixonados por seriados que sequer conheceram Cheers. Admirador dos seriados Dexter,House, One tree hill, Prison break,Two and a half men e How I met your mother, o estudante de tecnologia da informação Matheus Andrade relata que nunca ouviu falar de Cheers. “Das séries que assisto, o que me atrai é o humor, e a aproximação com a realidade”, explica o estudante.
E justamente essa aproximação com a realidade é justificada pelo blogueiro Fred: “O estilo da época era diferente, não dá pra comparar com hoje. O humor de hoje de sitcom é mais cadenciado, mas recheado de referências da web. Naquela época, o acesso a cultura era ainda limitado. Então a piada tinha que estar dentro do contexto da série”.
Já a gerente de clientes e negócios, Denise Souza compara o humor leve e sem necessidade de apelação como fator determinante de sucesso da série. “Hoje em dia, aparece sempre as mesmas piadas, um humor forçado”, esclarece a gerente.
Tão fã da série, Denise um dia se deparou com os DVDs das três primeiras temporadas na livraria Cultura. Sem hesitação, levou todos para casa. “Ainda procuro as temporadas restantes, mas infelizmente nunca consegui encontrar. É uma série que deixou saudade e gostaria de poder assistir de novo”, diz Denise com certo aperto no peito.