Músicos falam dos desafios de iniciar uma carreira artística profissional
A cena da música brasiliense sempre foi marcada pelo rock. Grandes bandas como Legião Urbana e Capital Inicial nasceram daqui.
O estilo musical criou raízes na capital, que hoje une amigos de escola e faculdade para atingir a um objetivo: se divertir tocando. E, muitas vezes, o lazer se torna profissão.
O estilo musical criou raízes na capital, que hoje une amigos de escola e faculdade para atingir a um objetivo: se divertir tocando. E, muitas vezes, o lazer se torna profissão.
Mas não é só de ensaios de garagem e diversão que vivem estes jovens que sonham em fazer carreira na música, há grandes barreiras que precisam ser enfrentadas, como a falta de recursos e de produtores.
Pedro Augusto,19, é estudante de jornalismo e toca guitarra há dois anos com a banda Imaginária. Ele diz comenta as dificuldades de uma banda iniciante no Brasil “É muito difícil ter que fazer música e correr atrás de tudo, você acaba não conseguindo fazer as duas coisas perfeitamente”, afirma. Segundo o jovem, os apoios que o grupo vai consegue são conquistas muito importantes, “assim, aos poucos a preocupação passa a ser só com a sua música e a qualidade do trabalho aumenta”.
A dificuldade de encontrar um produtor faz com que as bandas independentes se unam para chamar atenção do público, buscando novas soluções para divulgar seus trabalhos, fazendo shows gratuitos ou cobrando baixos valores para os ingressos, buscando apoio de estúdios musicais que façam promoções, para gravar algumas músicas para disponibilizar na internet. Mesmo que, no primeiro momento, seus gastos sejam muito maiores que o lucro.
Allan Lima, 19, estudante de marketing e vocalista da banda Massay, conta que a banda arcou com todos os custos da gravação do EP. “ gastamos bastante, mas acredito que vale muito a pena, pois estamos investindo em algo que é muito prazeroso. Estamos investindo em nossos sonhos”, afirma.
Os preços são altos. Para uma banda independente produzir um CD com cerca de 12 músicas, ela irá gastar de 10 à 12 mil reais. Já os EPs, que são pequenos CDs, com cerca de 6 músicas, o preço varia de 5 a 6 mil reais.
O esforço também é dos produtores que gerenciam bandas, até então, anônimas.
“Acredito que o retorno financeiro vem com o tempo, quando as bandas se tornam mais conhecidas. No começo, é um investimento o lucro, virá depois”, explica o produtor de shows, Kdu Peixoto. A paixão pela música faz que com que cada dia seja uma superação. “É preciso entender que música é uma profissão como qualquer outra. Também tem que estudar e muito! O caminho é longo e dedicação deve ser constante”, explica Kdu.
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